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Educação Ambiental

Educação Ambiental

Educação Ambiental constitui uma forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo de aprendizado participativo e permanente que procura fazer com que o educando adquira uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, que oportuniza no seu cotidiano uma ação progressista para o mundo moderno, a preservação e conscientização ambiental.

Segundo MORALES (2009, p. 67) a educação ambiental somente será concreta e eficaz quando houve o real comprometimento entre as pessoas, as que educam e as que serão educadas “os educadores e educadoras têm o desafio de formular pressupostos teóricos e metodológicos, no sentido do todo, para alcançar uma práxis que vivencie uma sociedade sustentável”. Sendo que ainda há uma distancia muito grande entre a educação ambiental atual para a educação ambiental necessária a qual será o alicerce de uma sociedade sustentável.

Um dos problemas identificados por MORALES no livro “A formação do profissional Educador Ambiental da Editora UEPG ano 2009”, é as distorções do real significado de se trabalhar pela educação ambiental, na maioria dos trabalhos e projetos escolares os educadores ambientais estão focando apenas em uma das possibilidades de trabalhar com a educação ambiental e não valorizam a diversidade de propostas que esta possui.

Para CARVALHO (2004, p. 186) a educação ambiental (EA) e a formação ecológica devem estar interligadas ao processo de construção sociocultural:

O destinatário da educação, nesse caso, são os sujeitos constituídos em redes culturais, cuja ação sempre resulta de um universo de valores construído social e historicamente. Não se apaga assim a dimensão individual e subjetiva, mas ela é compreendida em sua intercessão com a cultura e com a história – ou seja, o indivíduo é sempre um ser social e cultural.

   É importante a sociedade romper com paradigmas pré-determinados por indivíduos extremamente consumista e politicamente desconectada da sustentabilidade. A qual nesta nova proposta de sociedade não poderá mais ser preservada, serão necessárias ações comprometidas e articular neste novo paradigma para uma sociedade sustentável.            Segundo LEFF (2010) não basta a o conhecimento da crise ambiental, mas a “complexização do conhecimento” caminhando para uma “consciência ecológica”:

A crise ambiental é a primeira crise do mundo real produzida pelo desconhecimento do conhecimento; desde a concepção do mundo e do domínio da natureza que geram a falsa certeza de um crescimento econômico sem limites, até a racionalidade instrumental e tecnológica como sua causa eficiente (LEFF, 2010, p. 40).

Romper com paradigmas que envolvem ações e situações políticas fundamentadas e estrategicamente produtivas das elites econômicas não é um processo fácil, e quando relacionado a mudanças comportamentais articulados pelo ato de educar, torna-se mais árdua o movimento e o comprometimento pelos grupos. Quando estes autores CARVALHO (2004), MORALES (2009), TRISTÃO (2004), LEFF (2010), MARCOTE e SUÁREZ (2005) trazem suas perspectivas para ocorrer mudanças nesta sociedade autodestrutiva, para uma sociedade sustentável tendo como ponto fundamental a compreensão, conscientização e a ação de um sujeito ambientalmente responsável, a necessidade de transformação e comprometimento para um modelo de sustentabilidade, governança e avança-se para a implementação da Agenda 21 Global/Local/Escolar aponta pelas ações dos governos como indispensável para o atual modelo de desenvolvimento econômico, é neste momento que o profissional da educação tem que estar capacitado e envolvido para atuar nestas mudanças.

  Segundo MARCOTE & SUÁREZ (2005, p.2) a educação ambiental não pode ser um pensamento desarticulado entre o homem ser social, o desenvolvimento econômico e o meio ambiente.

La EA pretende, en el mejor de los casos, crear las condiciones culturales apropiadas para que tales problemas no lleguen a producirse o lo hagan en tal medida que sean asumidos de forma natural por los propios sistemas donde se producen. Definir, situar y reconocer los problemas y sus consecuencias, admitir que nos afectan, conocer sus mecanismos, valorar nuestro papel como importante, desarrollar el deseo, sentir la necesidad de tomar parte de la solución, elegir las mejores estrategias con los recursos más idóneos, etc., son algunos de los mecanismos cognitivos y afectivos que una sociedad educada ambientalmente (alfabetización ambiental) debe manejar.

  As sociedades são constantemente transformadas e no processo histórico destas as demandas políticas eram os grandes atores, hoje que se percebe que nesta sociedade não cabe apenas o querer de uma elite dominante e sim do coletivo principalmente quando tratamos de a construção para um coletivo.

   Para TRISTÃO (2004, p.25) “a educação ambiental, na sua complexidade, configura-se como possibilidade de religar a natureza e a cultura, a sociedade e a natureza, o sujeito e o objeto”. Fica evidente o comprometimento da educação ambiental para a formação do cidadão.

   Hoje, conscientes de que trabalhar as questões ambientais fortalece o processo educacional e compartilha um envolvimento mais amplo da educação e dos problemas socioambientais, observa-se que a preocupação com a Educação Ambiental já existe em vários setores da nossa sociedade, não somente nas escolas, mas também nas indústrias, comércios, setores e departamentos de órgãos públicos, e de formas diferentes, apesar de muito aquém do necessário ainda. É por esta ótica da necessidade de cidadãos ambientalmente preparados que devemos envolver definitivamente para melhorar o ensino e aprendizado deste tema em nossas escolas.

FONTE: Karyne Aparecida Mioduski